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FESTIVAL DE SOPAS NO INVERNO BRASILEIRO

17 Jul

Quase nem consigo pensar no inverno, afinal hoje estou no meio de 30 graus em pleno verão europeu, de vestidinho, estudando,  trabalhando e suando desde às 8h00 da manhã. Quem ouve pensa que 30 graus é pouco, comparado aos 40 ou mais que tem feito em algumas cidades brasileiras no verão, mas sei lá, ou é a posição que estamos em relação ao sol, ou são as casas inglesas que não são preparadas para o calor;  o fato é que minha sensação térmica é de 40 graus. Ainda tem a questão de amanhecer às 4h30 da manhã e anoitecer às 22h00, meu relógio biológico continua sem entender nada… mas uma hora a gente se acostuma.

Bem,  mas nem esse calor todo virou desculpa para minha boca não salivar quando recebi um material do Terraço Itália, em São Paulo, sobre o festival de sopas MARAVILHOSO que eles prepararam para o inverno todos os anos. A maioria já sabe que eu amo o Terraço Itália por vários motivos, o principal deles é porque celebramos nosso casamento lá. Acho que é um dos espaços mais charmosos e aconchegantes de São Paulo, gastronomia de primeiríssima qualidade, ótimos vinhos e uma das vistas mais privilegiadas da minha amada Sampa.

Vista Terraço Itália no dia do nosso casamento.

Vista do Terraço Itália no dia do nosso casamento, só para matar as saudades. (Imagem: FotoStudio Equipe)

Começou essa semana e vai até 27 de agosto o tradicional  Festival de Sopas do Terraço, sob o comando do chef Pasquale Mancini,  funcionará de segunda a quarta-feira, sempre a partir das 19h00,  no Bar do Terraço. São diversas opções de caldos e sopas, acompanhados por buffet de queijos, frios e pães. Algumas sugestões são a sopa de cebola alla Fiorentina, a Pappa al Pomodoro e o Minestrone. O preço é R$ 86,00 por pessoa e nossa sugestão é consultar a carta de vinhos com mais de 200 rótulos,  e pedir uma ajudinha para o sommelier Freitas que saberá sugerir um rótulo perfeito para a harmonização com as sopas e caldos.

Festival de Sopas do Terraço Itália (Imagem: Divulgação)

Festival de Sopas do Terraço Itália (Imagem: Divulgação)

Uma outra opção bacana de Festival de sopas é do Grupo de Bistrôs franceses Le Vin Bistrô que tem casas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Em São Paulo por exemplo o festival começou ontem e vai até  31 de julho com cinco versões de sopas, entre elas um caprichado caldo de costela com mini agrião (R$ 32,00), e a Sopa de Mexilhões à La Creme, que fica perfeita se harmonizada com rosés da Provence ou brancos da Alsácia (ai que chic). Há também a opção de Sopa de Cebola (R$ 32,00) e o Creme de Legumes (R$ 32,00).  Mas a grande sensação do bistrô é o Creme de abóbora com camarões e gengibre (R$ 38,00), hum hum, fiquei morrendo de vontade de experimentar.

Festival de Sopas no Le Vin Bistrô em São Paulo

Festival de Sopas no Le Vin Bistrô em São Paulo

E por último um restaurante que eu gosto muito, acho super “cool”, tem comida deliciosa e são “kids friendly” é a Chácara Santa Cecília em Pinheiros,  que também está com um festival pra lá de caprichado de sopas e caldos para esse inverno. O buffet é composto por seis tipos de sopas e cremes: sopa de feijão branco e agrião, canja de camarão, creme de abóbora e gorgonzola, creme de mandioquinha, creme de milho verde e gengibre e o sopão de legumes e massinha – “minestrone”, além de pães variados feitos no forno à lenha (ai meu Deus que delícia). O buffet sai R$39,50 por pessoa, e o Festival de Sopas acontece de quarta a sábado, das 19h às 22h30. Ah, nos fins de semana eles tem recreação para as crianças. 
Sopa Restaurante Chácara Santa Cecília

Sopa Restaurante Chácara Santa Cecília

SERVIÇO: 
Terraço Itália:
Av. Ipiranga, 344 –  41º andar – Centro São Paulo
Tel: (11) 2189-2929
Le Vin Bistrô
O Le Vin tem vários endereços, consulte no site o mais apropriado para você .
Chácara Santa Cecília 
Endereço: Rua Ferreira de Araújo, 601 – Pinheiros
Tel(s): (11) 3034-6251/3910
Queridos amigos Girocoffee, muito obrigada pela companhia mais uma vez, espero que aproveitem os festivais de sopas e o inverno brasileiro e que estejamos sempre juntos por aqui.
Beijos quentinhos com sabor de sopa da vovó, cheia de amor.
Silvia Lourenço

 

 

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PÉ DE MOLEQUE DE CAFÉ

1 Jul

Julho começou e como manda a tradição ainda tem muita “festa julina” acontecendo nesse mês no Brasil. A Mellita está sempre nos mandando receitinhas ótimas com cafés e essa de pé de moleque é bem especial, pode ser feita o ano inteiro.

Festa Junina Turma da Mônica

Festa Junina Turma da Mônica

Minha sugestão é que para deixar seu “arraiá” mais saboroso você prepare um café BEM GOSTOSO, quebre os pés de moleque em pedaços pequenos e sirva  no pires, juntinho com a xícara de coffee, no lugar de um chocolatinho ou de uma bolachinha mesmo.

Então lá vai a receita:

Pé de moleque café (Imagem: Divulgação)

Pé de moleque café (Imagem: Divulgação)

Ingredientes

400 ml de leite integral

2 colheres (sopa) de café solúvel . 10 g

1 xícara (chá) de açúcar refinado . 180 g

2 xícaras (chá) de amendoim torrado e triturado . 240 g

1 colher (sopa) de manteiga sem sal . 12 g

Para decorar: grão de café e amendoim

Modo de Fazer

1.    Misture em uma tigela o leite, o café solúvel e a metade do açúcar. Reserve.

2.    Coloque o açúcar restante em uma panela e leve ao fogo, sem parar de mexer, até o açúcar caramelizar. Junte com cuidado o leite com o café. Cozinhe, mexendo de vez em quando, por 13 a 14 minutos ou até encorpar e aparecer o fundo da panela.

3.    Incorpore o amendoim e cozinhe, sem parar de mexer, por 5 minutos ou até encorpar. Retire do fogo. Mexa vigorosamente por 10 minutos com uma colher até começar a cristalizar. A massa ficará opaca.

4.    Imediatamente despeje em superfície lisa, untada com a manteiga, e espalhe. Obtendo um retângulo (16 cm x 16 cm). Corte em 16 quadrados (4 cm) com a massa ainda morna.

DICA GIROCOFFEE:  Se quiser servir os pedaços de pé de moleque pequeninos com o café, corte alguns quadradinhos pequenos, de 1,5 cm X 1,5 cm ou ainda quebre pedaços do pé de moleque depois que estiverem prontos, fica mais rústico e tão bom quanto.

Tempo de preparo: 40 minutos

Rendimento: 16 pedaços de 30 g

Valores Nutricionais por pedaço: 120 kcalorias; 22 g de carboidratos; 1 g de proteína; 3 g de gorduras totais; (1 g de saturada, 1,5 g de monoinsaturada e 0,5 g de poli saturada); 3 mg de colesterol; 0,5 g de fibra; 0,5 mg de ferro; e 6 mg de cálcio.

É isso aí galera, e os amigos cafeínados que testarem por favor nos mandem fotinhos para publicarmos aqui no blog.

Um beijo com sabor de pé de moleque de café (EHHHH DELÍCIA)!

Até a próxima,

Família Girocoffee

Fonte: Assessoria de Comunicação Mellita

 

Café e Chantilly – o original

28 Jun

O Castelo de Chantilly  fica numa cidadezinha ao Norte da França, que leva o mesmo nome do Palácio,  é considerado o ponto turístico mais importante da região e um dos castelos mais bonitos do país. Para quem já conhece  bem Paris e quer se aventurar pelas imediações,  Chantilly é visita quase obrigatória, já que fica a 25 minutos de carro da capital.

Além de sua beleza externa e interna, ele possui um acervo extraordinário de móveis, obras, livros e documentos. A coleção de pinturas do Chatêau – chamada de Museu Condé – o faz ser considerado o segundo museu francês de pinturas antigas,  atrás apenas do Louvre, além disso sua biblioteca conta com mais de 12 mil obras e documentos, colecionados durante séculos pelos nobres de Chantilly. 

Castelo de Chantilly (Imagem: Duga)

Castelo de Chantilly (Imagem: Duga)

Há alguns anos o Palácio ficou muito famoso no Brasil porque foi lá que o ex-jogador de futebol Ronaldinho e a apresentadora Cicarelli se casaram. Nosso amigo Julio, que mal se despediu da gente em Londres, já desembarcou para uma semaninha de trabalho em Chantilly (super chato o cenário né) e mandou para o Girocoffee fotos MARAVILHOSAS dos seus “humildes” cafézinhos no chatêau.

Segundo nosso amigo,  em todos os restaurantes do Castelo é possível degustar sobremesas e cafés especiais, sempre acompanhados do chantilly oficial. E eu que não sou boba nem nada, fiquei  morrendo de vontade de conhecer essa maravilha,  para “respirar, inspirar, introspectar” toda essa cultura,  e claro, degustar cafézinhos e comer o FAMOSO CHANTILLY de CHANTILLY, onde ele foi criado.

Sobremesa deslumbrante, café e CHANTILLY.

Sobremesa deslumbrante, café e CHANTILLY. Foto Julio Bertolini 

 

Detalhes da sobremesa do Castelo de Chantilly

Detalhes da sobremesa do Castelo de Chantilly. Foto: Julio Bertolini

Contam os  historiadores que  o DIVINO chantilly foi desenvolvido pelo chef François Vatel que criou um creme batido doce e perfumado para impressionar a corte francesa em um banquete. Vatel tem uma das histórias mais pitorescas da gastronomia mundial, ele era de uma família humilde e com 15 anos começou  aprender o ofício de confeiteiro.

Chegou à corte com 22 anos, admitido como auxiliar do cozinheiro de Nicolas Fouquet, superintendente do tesouro da França.  Com seu jeito talentoso, organizado e ambicioso Vatel tomou o lugar do chef de cozinha do Palácio e contam que seu maior objetivo era provar ao Rei Luís XIV, o Rei Sol,  que ele era o maior chef real da França.

Retrato de Vatel e seu filho

Retrato de Vatel e seu filho

Numa das primeiras tentativas, em 1661, Vatel criou o creme (que mais tarde se chamaria chantilly) para impressionar a corte em um banquete, mas o rei nem notou o quitute. O banquete também não trouxe sorte a Fouquet que foi preso logo depois sob a acusação de conspirar contra o governo.

Antes que a ira real também recaísse sobre Vatel (que foi levado para corte para servir Fouquet),  o cozinheiro se exilou na Inglaterra. Voltou para a França dois anos depois e foi trabalhar para o príncipe de Condé, no castelo de Chantilly. Lá, sim, seu creme doce caiu no gosto da realeza e ele batizou a iguaria com o nome do lugar.

Chantilly

As coisas correram bem para Vatel até o ano de 1671. Condé convidou o rei Luís XIV para um fim de semana de caçadas no castelo. O cozinheiro teve duas semanas para preparar a recepção.  No dia da chegada do rei, apareceram mais convidados que o esperado e Vatel notou que não teriam assados suficientes para todos.

Deu tudo certo naquele banquete mas estressado pelo erro de cálculo, Vatel passou a noite em claro esperando os peixes para o dia seguinte, que seria a Sexta-Feira Santa.  Ao perceber que a encomenda não seria suficiente pela quantidade que ele precisava, Vatel suicidou-se com um punhal.

Ilustração da morte de Vatel e seu retrato

Ilustração da morte de Vatel e seu retrato

A tragédia do chef de cozinha que morreu por falta de peixes rendeu um filme (Vatel – Um Banquete para o Rei)  em que Gérard Depardieu interpreta uma versão romanceada do cozinheiro. Outras versões da história não atribuem a criação do Chantilly a Vatel, e sim a confeiteiros italianos que  já batiam cremes e juntavam açúcar e aromas.

Eu prefiro a versão de Chantilly, assim temos uma desculpinha ótima para correr até a França. E você não vai querer se lambuzar  também? 

Imagem (Imagem: Theredlist)

Imagem Gérard Depardieu em “Vatel: Um banquete para o Rei” (Imagem: Theredlist)

Abraços “chantilizados” para todos e até a próxima!

Silvia

Fontes: Domaine de Chantilly, Revista Super Interessante, Wickipédia.