Terminei de tomar meu café da manhã há pouco e corri aqui para escrever sobre meu sentimento nessa manhã. Senti o cheiro do café e imediatamente meu cérebro se deslocou para a casa da minha mãe, para os almoços de domingo e o cafézinho que ela faz para nos agradar no começo da tarde, sempre preocupada se está bom, se está forte, se está “do nosso gosto”. CHOREI DE TANTA SAUDADE, pela primeira vez em toda a minha vida CHOREI MUITO com o coração mais do que apertado com uma SAUDADE extrema, como nunca senti, talvez pela ansiedade do reencontro.
Só quem é exilado, “expatriado“, “exportado“, “emprestado“, ou qualquer outro “ado” que possa existir nessa vida consegue entender o que é essa sensação, parece que quando estamos fora os sentimentos se multiplicam em ordem exponencial. Temos viajado muito porque acho que nascemos com um certo “defeitinho nos genes”, uma tal de “rodinha nos pés” que nos dá uma vontade monstruosa de desbravar mapas, conhecer novos lugares e culturas, voar feito passarinho livre… me lembro de ser assim desde criança (embora não viajássemos com frequencia, e quando isso acontecia o roteiro era sempre o mesmo: a praia) sempre amei viajar.
Às vezes ficamos 1 ou 2 meses longe da família, são sempre curtas temporadas, mas dessa vez é diferente, a “temporada” é um pouco mais longa, além disso hoje temos nossa pequena….Valentina abre os bracinhos para ABRAÇAR o computador quando vê a vó, os bisavós e os dindos, e aí eu penso: “Ai meu Deus, tão pequenininha e ela também sente SAUDADES”… e com tudo isso nossos corações vão seguindo sempre apertadinhos, tentando colocar em dia as novidades familiares através da internet, mas sempre com a ausência física e sem o calor do ABRAÇO.
Tenho tentado me segurar firme, é assim que caminho na maioria dos dias da minha vida, tentando ser sempre FORTE para lutar pelos pequenos e grandes desafios diários, mas hoje a “alma” fala mais alto, o cheiro do café me levou até meus amores, na minha terra “verde e amarela”, e aproximou meu coração daquilo que mais prezamos na vida, nossa família e nossos amigos, aqueles que nos cercam com amor.
E se me perguntarem quais são as vantagens de morar em outro país, passarei dias enumerando uma série de boas razões, mas a maior desvantagem de estar fora eu sei de cor, está na ponta da língua e no coração: é a SAUDADE.
Então família e amigos BOTEM ÁGUA NESSE FEIJÃO, preparem o pó de café que a GENTE ESTÁ CHEGANDO! Garantia de fortes ABRAÇOS, boas risadas, e um tempo curto mas suficiente para MATAR UM POUQUINHO DESSA SAUDADE!
E para minha prima Tina, que está fazendo contagem regressiva para CHEGARMOS, um grande beijo, esse post é dedicado especialmente à vocês! AGORA FALTA POUCO!!!!
Bjos à todos e nos vemos nas terras “quentes” do BraZil.
Silvia
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