Nos 3 primeiros meses de gravidez meu paladar mudou completamente, e o café que eu amava tanto me dava enjôos só de sentir o cheiro. Com o passar dos meses a paixão voltou, e aí de forma avassaladora, se pudesse tomaria uma xícara do meu grãozinho preferido a cada meia hora.
Minha obstetra e a nutricionista recomendaram: “…no máximo duas xícaras de expresso por dia…”, e por isso acabo passando muitos dias sem tomar café, sempre fico achando que menos cafeína é melhor para a bebê, e por ela vale qualquer sacrifício. Além disso depois de algumas semanas tentando várias alternativas consegui me adaptar ao Nespresso descafeínado, e esse tem sido meu companheiro nos últimos meses.
Confesso que sempre que tomo café não sinto a princesa mais agitada, deve ser porque ela já se mexe o tempo todo. Quando li a matéria abaixo me senti aliviada, a partir de agora nas reuniões e gravações vou poder continuar tomando um ou outro cafézinho sem me preocupar ou arrancar os cabelos (rs), o que vale é a moderação. Que bom! Ótima notícia pq amanhã é sexta-feira e eu vou brindar com uma linda e deliciosa xícara da minha bebidinha amada.
Ah, essa é a primeira foto de gravidinha que eu posto. Eu estava com 7 meses e pouco, agora estou na reta final. OBA, logo logo Valentina chega!
Foto by Carla Durante
E se vc quer saber mais sobre a pesquisa dá uma olhadinha aí embaixo na matéria da Bruna Menegueço para a Revista Crescer:
Um beijo à todas as mamães super cafeínadas como eu.
Silvia
Por Bruna Menegueço
Tomar café é um prazer para você? Então, prepare-se para uma boa notícia. Um estudo feito pela Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, concluiu que o consumo de cafeína por gestantes ou mulheres que estão amamentando não interfere no sono dos bebês.
Para chegar a esse resultado, os cientistas entrevistaram 855 mulheres que haviam acabado de dar à luz. Elas responderam a perguntas sobre a ingestão de cafeína e também sobre os hábitos de sono de seus bebês com 3 meses de vida.
Exceto uma participante, todas as demais disseram ter bebido cafeína durante a gravidez, sendo que 20% delas consumiam em grande quantidade (ao menos 300 ml por dia). Mas apenas cerca de 14% de todas as mulheres do estudo relataram problemas de sono em seus bebês – eles acordavam ao menos três vezes durante a noite. O resultado surpreendeu os cientistas.
“Nós esperávamos que as crianças cujas mães consumiam grandes quantidades de cafeína pudessem acordar mais à noite, mas o estudo mostrou que essa relação não existe”, diz a líder da pesquisa Iná Santos, professora do departamento de medicina social da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas.
A medida que serviu como base na pesquisa foi de 300 ml de cafeína por dia (três xícaras de café), que é internacionalmente usada em estudos científicos. “Como essa é a primeira evidência sobre essa falsa relação no mundo, ainda é muito cedo para falarmos em segurança. Outros trabalhos devem surgir nos próximos meses para confirmar – ou questionar – esse resultado. Vai ficar mais fácil afirmar se é seguro tomar café na gravidez”, completa Santos.
Os pesquisadores lembram, no entanto, que isso vale para gestações normais e saudáveis, já que bebês prematuros, por exemplo, podem ser mais sensíveis aos efeitos da cafeína consumida por mulheres que estão amamentando.
Um outro estudo anterior, realizado pela University of Rochester School of Medicine and Dentistry, havia mostrado o contrário: a cafeína prejudica, sim, o sono dos bebês. Isso porque eles não conseguiriam metabolizar ou eliminar a substância, o que poderia causar irritabiliade e problemas para dormir. O que fazer, então? Especialista brasileiro reforça que o bom senso é sempre fundamental. “Com moderação, tomar um café de manhã e à tarde, não traz riscos”, diz Mario Cícero Falcão, pediatra e nutrólogo do Hospital Santa Catarina (SP).
Fonte: Revista Crescer